AS CRIANÇAS SÃO A MELHOR COISA DO MUNDO

São fonte de alegria e de sorrisos e raramente fingem quando estão doentes...
Este é mais um espaço que espero útil para aqueles que por cá passem ...

29/07/2010

VARICELA

A Varicela é uma daquelas doença típicas da infância, sendo uma das doenças mais contagiosas desta fase. Podem ter febre, podem ter tosse e surgem uma série de pintas que passam de manchas, a pápulas, a vesiculas até finalmente ficarem em crosta. Estas pintas atingem o corpo todo, não poupando cabeça e muitas vezes a boca e a região genital, dando bastante comichão. Assim, varicela implica, hidratar, baixar a febre (com paracetamol e não com ibuprofeno), aliviar a comichão de acordo com prescrição médica (não salpiquem os meninos de líquido rosa), cortar as unhas e manter-se em casa até as lesões estarem em crosta. Devem vigiar febre alta, prostração, alterações do comportamento, marcha dequilibrada e se as lesões da pele infectam por tanto coçar. Há uma mezinha nada científica mas que resulta muito com a comichão que é uma colher de sopa de farinha maizena no banho.

MB

16/07/2010

FEBRE

A febre é o motivo mais frequente de ida à urgência ou de procura do médico assistente. A febre assusta, porque "dá convulsões, provoca lesões cerebrais, pode matar"... Tudo isto poderá ser verdade, mas não o é em mais de 95% dos casos.

A temperatura do corpo é diferente de pessoa para pessoa e varia ao longo do dia, sendo mais elevada ao final do dia e à noite. Consideramos febre Taxilar >38ºC, sendo que no ouvido será mais 0,5º C e no rabo mais 1º C. A febre é um sinal de resposta do organismo a algo que o agride , quase sempre um micróbio (bactéria, vírus). A temperatura deve ser medida, registada e aliviada com antipiréticos, de preferência o paracetamol. Não se deve oferecer às crianças aspirina!! Evite pôr panos de água fria: isso só faz com que a febre suba ainda mais (o banho deve ser com água apenas um pouco menos quente do que a temperatura do corpo)! O valor da temperatura em si não nos preocupa mas sim, o estado em que a criança está. Damos indicação para baixar a febre para: tirar o desconforto que a febre dá, perceber como é que fica a criança sem febre (é diferente uma criança gemer com pico de febre ou continuar com gemerico sem febre) e ver se a febre baixa ou não. Deve esperar-se cerca de três dias (72 horas) de febre até consultar o médico, excepto em algumas situações, de modo a haver tempo para outros sintomas aparecerem e ajudarem no diagnóstico. Fale com o seu médico assistente se:

* febre em bébés com menos de 3 meses;

* febre+gemido persistente;

* febre+recusa alimentar;

* febre+dificuldade em respirar;

* febre+mau estado geral (palido, cinzento)/prostrado

* febre+ pintas na pele

* febre e dores de cabeça e/ou dor pescoço e/ou vómitos

* febre+convulsão

* febre com calafrio (bater o dente, labio roxo)

* febre e inchaço, vermelhão e dor nalguma parte do corpo (joelho, cotovelo,..)

MB

11/07/2010

A ICTERICIA

A ICTERÍCIA é a coloração amarela que as escleróticas (parte branca dos olhos) e a pele adquirem. Ela tem muitas causas, umas naturais e benignas, outras que traduzem doença. A icterícia é muito frequente em recém-nascidos, sobretudo naqueles que são prematuros; que tiveram irmãos com icterícia neonatal; que nasceram por ventosa (e têm um hematoma craniano) e que fazem alimentação materna exclusiva. No entanto, esta icterícia não é patológica e por isso os pediatras na maternidade vão avaliando o recém-nascido para perceber se estes valores são aceitáveis para as horas de vida que têm e se é necessário fazer análises e realizar fototerapia (aquela luz ultravioleta como a do solário) para a icterícia não atingir valores que possam fazer mal ao bébé. Por vezes, quando os bébés nascem, podem ficar ictéricos porque o sangue deles e da mãe é incompatível e é preciso vigiar.

A icterícia, independentemente da idade e juntamente com outros sintomas/sinais associados, como fezes brancas, urina escura "cor de coca cola", febre, mal estar geral, significará doença e deve consultar o médico assistente.

MB