Uma das nossas leitoras perguntou-nos qual seria a altura ideal para integrar um filho no infantário. É uma pergunta bicuda e sem resposta segura. Sejamos no entanto práticos.
A integração no infantário é, habitualmente, mais do que uma vontade, uma necessidade dos pais. Por isso os bebés vão para “escola” entre os 4 e os 5 meses altura em que as mães são obrigadas (é mesmo isto) a ir trabalhar. Daqui resulta uma enorme culpa que não devia existir. A consequência mais trágica disto é o bebé cumprimentar todos os bicharocos que os outros bebés transportam. São muito sociáveis e amigas dos animais as crianças. Depois andam com ranho no nariz de Outubro a Março o que desespera muito boa família mas, em rigor, não é grave. Acreditem, podem ter febre 20 vezes cada Inverno e não lhes causa dano.
Depois há os miúdos com problemas em que o infantário pode ser útil. Os que não gostam de comer ou se recusam a crescer e a participar da vida da família recusando uma coisa tão simples como a ingestão de sólidos. Aqui o comportamento de imitação do grupo pode ajudar a ultrapassar estas manias. Os pequenos recusam comer porque manipulam a atenção dos pais a seu favor, mandam no que comem e usam a refeição como palco das suas frustrações ou angústias – a ser honesta são birras mas, há que manter o nível. Na escolinha eles comem porque copiam e, quando não o fazem, passam fome.
Por ultimo, as situações em que o conforto é total. Os putos são fixes, comem, dormem e fazem cocó (é a santíssima trindade do bom funcionamento), tal como os pais querem. Existem avós disponíveis e com tempo para os netos, ou pais que não precisam de trabalhar. Neste caso, a idade ideal será por volta dos três anos. Normalmente, os crianços já controlam os esfíncteres (largaram as fraldas) durante o dia, têm uma capacidade de socialização mais alargada (até esta idade eles conseguem socializar com a família e miúdos mais velhos mas, atenção: socializar não é vender sorrisos e gargalhadas) e, muito importante, têm um sistema imunitário mais capaz. Logo, produzem menos ranho e dão menos angústias aos pais.
Dra Muxy
A integração no infantário é, habitualmente, mais do que uma vontade, uma necessidade dos pais. Por isso os bebés vão para “escola” entre os 4 e os 5 meses altura em que as mães são obrigadas (é mesmo isto) a ir trabalhar. Daqui resulta uma enorme culpa que não devia existir. A consequência mais trágica disto é o bebé cumprimentar todos os bicharocos que os outros bebés transportam. São muito sociáveis e amigas dos animais as crianças. Depois andam com ranho no nariz de Outubro a Março o que desespera muito boa família mas, em rigor, não é grave. Acreditem, podem ter febre 20 vezes cada Inverno e não lhes causa dano.
Depois há os miúdos com problemas em que o infantário pode ser útil. Os que não gostam de comer ou se recusam a crescer e a participar da vida da família recusando uma coisa tão simples como a ingestão de sólidos. Aqui o comportamento de imitação do grupo pode ajudar a ultrapassar estas manias. Os pequenos recusam comer porque manipulam a atenção dos pais a seu favor, mandam no que comem e usam a refeição como palco das suas frustrações ou angústias – a ser honesta são birras mas, há que manter o nível. Na escolinha eles comem porque copiam e, quando não o fazem, passam fome.
Por ultimo, as situações em que o conforto é total. Os putos são fixes, comem, dormem e fazem cocó (é a santíssima trindade do bom funcionamento), tal como os pais querem. Existem avós disponíveis e com tempo para os netos, ou pais que não precisam de trabalhar. Neste caso, a idade ideal será por volta dos três anos. Normalmente, os crianços já controlam os esfíncteres (largaram as fraldas) durante o dia, têm uma capacidade de socialização mais alargada (até esta idade eles conseguem socializar com a família e miúdos mais velhos mas, atenção: socializar não é vender sorrisos e gargalhadas) e, muito importante, têm um sistema imunitário mais capaz. Logo, produzem menos ranho e dão menos angústias aos pais.
Dra Muxy
9 comentários:
Obrigada pelo esclarecimento.
Vou seguir os vossos conselhos, já estava para aí inclinada, agora é ainda mais fácil decidir. Não gosto quando o meu menino está doente, acho que ninguém gosta dos filhos doentes..... Felizmente não tem problemas com a alimentação, come tudo e de tudo.......Ainda usa fralda, por pouco tempo, espero eu, e pode ficar no miminho dos avós e tios....... Está decidido,são só razões para ele ficar por casa, vai para o infantário para o ano..............
Mais uma vez obrigada por existirem com este brilhante projecto.
Beijinhos.
Diana Silva
Adorei a explicação. Eu sou das que tem uma avó disponível e um puto porreiro, dos q dorme e come. Vai aos 3 anos. Vamos ver como corre. Bom blog. Gosto mto do género!
Eu tenho 3.. comem bem, dormem bem e então o do meio tem uma saúde para dar e vender. Ambos só foram para a escola aos 3 anos. Eu estou em casa com eles. Agora tenho uma de 10 meses que tb só irá aos 3 anos. A parte menos boa, é que apanha as viroses da mais velha, já que o do meio não apanha nada de nada.
Acho tmabém que cada criança tem o seu timing e cabe aos pais saber ler os comportamentos e decidir qd é a melhor altura. Claro que a maior parte das crianças n tem mesmo escolha. Com o meu primeiro, deixei-o ficar com a avó até aos 2 anos e meio.Eu trablhava. Foi bom assim. A segunda princesa, já podia ir p o infantário sem problema nenhum. Tem 12 meses. Eu estou em casa. Por enqt fica comigo, mas irá muito mais cedo do irmão com certeza. Já leva na bagagem algumas "viroses" de amor e de partilha:)
Adorei o post Drª Muxy. :) T.
No meu caso, aplica-se a última situação descrita: come bem, dorme bem e está com a avó.
A bebé está com 15 meses, e em principio continuaria com a avó até aos 3 anos, mas gostávamos muito de ampliar a família, e temos receio que no caso de isso acontecer antes dos 3 anos da irmã mais velha, e que por isso tenhamos que antecipar a sua entrada na escolinha, isso vá provocar algum tipo de desconforto à criança pelo facto de sentir que não fica mais em casa da avó, porque agora quem fica lá é o(a) bebé...
O que aconselha nestes casos?
Ola Susana boa tarde!
O facto da sua filha ir para o infantário antes dos três anos provavelmente prende-se com o facto da impossibilidade da avó conseguir tomar conta de duas crianças pequenas. Se acha que assim é, o que sugiro provavelmente é que um tempo antes da sua filha ir definitivamente para o infantario, haja uma partilha entre avó e infantário, ou seja: faça a coisa gradualmente, de modo a que a criança se va adaptando ao infantario passando lá as manhãs, por exemplo, e as tardes com a avó, de preferência antes da outra criança nascer. Assim, quando ficar lá permanentemente já não sentirá tanto o que receia.
Queria so alertá-la que a futura criança não estará tão protegida de infecções como esteve a primeira, porque tem a irmã no infantário a trazer bicharocos para casa.
Um beijinho
MB
adoro a tua forma de escrever Dra Muxy =D
um colega
Olá Dra Muxy. Adorei o su blogue e até já o estou a seguir fielmente. Sou educadora de infância e esta postagem está demais. é bem verdade o que disse.
Relativamente aos ditos bicharocos, apesar de nos causarem um certo pânico (a mim também apesar da profissão :P ) a verdade é que só servem para tornarem as crianças mais fortes. é importante elas terem contacto com outras crianças, pelo que eu voto na entrada no jardim de infancia / creche quando possível, sendo importantíssimo também conseguir que as crianças passem algum tempo com os avós (coisa cada vez mais rara).
Quanto à susana, a minha pouca experiencia diz-me que o melhor é que a menina vá para o infantário antes da mamã engravidar, para ter tempo de se habituar à nova rotina. desta forma não há tanta tendência de "eu fui para a escola porque a mamã vai ter um bebé e todos vão querer estar com ele quando antes estavam comigo". a chave é mostrar que é o melhor para a criança e relembrá-la do quando ela é importante.
beijinhos Di
caixinhadastrapalhadas.blogspot.com
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